Maior nível de ácido úrico está associado com maior massa óssea, menor turnover ósseo e menor prevalência de fratura vertebral em mulheres saudáveis na pós-menopausa | ||
Maior nível de ácido úrico (AU) sérico foi associado com maior massa óssea, menor turnover ósseo e menor prevalência de fratura vertebral em mulheres na pós-menopausa. Além disso, AU suprimiu osteoclastogênese e diminuiu a produção de espécies reativas de oxigênio em precursores de osteoclastos, indicando que AU pode ter efeitos benéficos sobre o metabolismo ósseo como um antioxidante.
AU é conhecido por desempenhar um papel fisiológico como um antioxidante, e o stress oxidativo tem efeitos prejudiciais sobre o metabolismo ósseo. Num estudo, recentemente publicado no Osteoporosis International, foi investigada a associação do nível de AU sérico com os fenótipos relacionados à osteoporose e seu efeito direto sobre os osteoclastos, que reabsorvem os ossos, utilizando sistemas in vitro.
O grande estudo foi do tipo transversal, incluindo 7.502 mulheres pós-menopáusicas saudáveis. A densidade mineral óssea (DMO) e as concentrações séricas de AU foram obtidas de todas as participantes. Os dados sobre marcadores de remodelação óssea e radiografias torácicas laterais estavam disponíveis para 1.023 e 6.918 casos, respectivamente. Um estudo in vitro investigou os níveis de osteoclastogênese e espécies reativas de oxigênio (ROS), de acordo com o tratamento com AU.
Após o ajuste para vários fatores de confusão, os níveis séricos de AU foram associados positivamente com a DMO em todos os sítios (todos p <0,001). Comparado com os participantes no quartil mais elevado de AU, as chances de osteoporose foram 40% maiores naqueles do quartil mais baixo. Os níveis séricos de AU relacionaram-se inversamente tanto com telopeptídeo C terminal do colágeno sérico tipo I quanto com os níveis de osteocalcina (p <0,001 e p = 0,004, respectivamente). Consistentemente, os indivíduos com fratura vertebral tinham níveis mais baixos de AU no soro, em comparação com aqueles sem fratura (p = 0,009). Um estudo in vitro mostrou que AU diminuiu osteoclastogênese de uma maneira dose-dependente e reduziu a produção de ROS em precursores de osteoclastos.
Os autores concluíram que os resultados fornecem evidências epidemiológicas e experimentais de que o AU sérico pode ter um efeito benéfico sobre o metabolismo ósseo, como um antioxidante, em mulheres pós-menopáusicas.
Autores: Ahn SH; Lee SH; Kim BJ; Lim KH; Bae SJ; Kim EH; Kim HK; Choe JW; Koh JM; Kim GS.
Uma resenha de Higher serum uric acid is associated with higher bone mass, lower bone turnover, and lower prevalence of vertebral fracture in healthy postmenopausal women - Osteoporosis International; 2013 May 4. [Epub ahead of print] |
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