Blog destinado à publicação e compilação de artigos, notícias, trabalhos científicos e projetos de relevância nas àreas de Medicina e Fisioterapia.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Agreement Between Telerehabilitation and Face-to-Face Clinical Outcome Assessments for Low Back Pain in Primary Care.
pg. 947-952
DOI: 10.1097/BRS.0b013e318281a36c
Palacin-Marin, Fuensanta MSc, PT *; Esteban-Moreno, Bernabe PhD, PT +; Olea, Nicolas MD, PhD *; Herrera-Viedma, Enrique PhD ++; Arroyo-Morales, Manuel MD, PhD, PT +
Miscellaneous Article
AB Study Design. A descriptive study of repeated measures using a crossover design. Objective. To determine the level of agreement between assessments obtained via telerehabilitation and those obtained by traditional face-to-face method in a population of individuals with chronic low back pain (LBP) in a primary care setting. Summary of Background Data. Musculoskeletal assessment using telerehabilitation has shown adequate inter- and intrarater agreement and concordance with face-to-face clinical assessment in different diseases. There have been no published studies on the reliability of a telerehabilitation system to assess LBP. Methods. Fifteen individuals (6 males; mean age, 37 yr) with chronic LBP attended a session for a clinical interview, followed by face-to-face and real-time online telerehabilitation evaluations. There was a 30-minute interval between the 2 assessments, the order of which was randomly selected for each patient. The telerehabilitation system used an Internet application conducted via Internet connection (17 kB/s) between 2 personal computers. Real-time video connection facilitated communication between the therapist and the subject. Outcome measures included lumbar spine mobility, Sorensen test, anterior straight leg raise test, Oswestry Disability Index, visual analogue scale for pain, 12-Item Short Form Health Survey questionnaire, and Tampa Kinesiophobia Scale. Results. The [alpha] reliability between face-to-face and telerehabilitation evaluations was more than 0.80 for 7 of the 9 outcome measures. Lowest reliability was for lateral flexion range of motion ([alpha]= 0.75). Very good inter- and intrarater intraclass correlation coefficients ([rho]) were obtained (0.92-0.96). Conclusion. The findings of our pilot study suggest that this telerehabilitation system may be useful to assess individuals with chronic LBP, providing initial support for its implementation in primary care. Level of Evidence: 2 (C) 2013 Lippincott Williams & Wilkins, Inc.
sábado, 4 de maio de 2013
O Diagnóstico Cinesiológico Funcional
O Diagnóstico Cinesiológico Funcional é a base para qualquer intervenção clínica-funcional do profissional fisioterapeuta, sendo o conhecimento semiológico e semiotécnico espécifico indispensável para sua formulação.
As demandas funcionais apresentadas por nossos pacientes são alvo de abordagens técnicas diversas, sejam guiadas por protocolos rígidos ou não. As assistências precisam ser pautadas em raciocínio cinesiológico clínico, seguindo diretrizes lógicas e reproduzíveis para que se garanta o sucesso terapêutico.
Essas diretrizes são:
1. Diagnóstico Cinesiológico Funcional: filosofia, bases deontológicas e estrutura
2. Referência e contra-referência em Fisioterapia
3. Semiologia geral
4. Semiologia especializada
5. Exames hematológicos necessários à elaboração do DCF
6. Exames de imagem necessários à elaboração do DCF
7. Exames funcionais necessários à elaboração do DCF
8. Relação do DCF com outros diagnósticos
9. As famílias de classificação de doenças/funcionalidade da OMS na construção do DCF
10. DCF Musculoesquelético
11. DCF Neuromuscular
12. DCF Intertegumentar
13. DCF Cardiopulmonar
14. DCF do paciente crítico
Participem! Avança Fisioterapia!!!!!
Dr. Wiron Correia Lima Filho
Presidente SBF
As demandas funcionais apresentadas por nossos pacientes são alvo de abordagens técnicas diversas, sejam guiadas por protocolos rígidos ou não. As assistências precisam ser pautadas em raciocínio cinesiológico clínico, seguindo diretrizes lógicas e reproduzíveis para que se garanta o sucesso terapêutico.
Essas diretrizes são:
1. Diagnóstico Cinesiológico Funcional: filosofia, bases deontológicas e estrutura
2. Referência e contra-referência em Fisioterapia
3. Semiologia geral
4. Semiologia especializada
5. Exames hematológicos necessários à elaboração do DCF
6. Exames de imagem necessários à elaboração do DCF
7. Exames funcionais necessários à elaboração do DCF
8. Relação do DCF com outros diagnósticos
9. As famílias de classificação de doenças/funcionalidade da OMS na construção do DCF
10. DCF Musculoesquelético
11. DCF Neuromuscular
12. DCF Intertegumentar
13. DCF Cardiopulmonar
14. DCF do paciente crítico
Participem! Avança Fisioterapia!!!!!
Dr. Wiron Correia Lima Filho
Presidente SBF
Estado de Arte da Fisioterapia Moderna
EM POUCAS PALAVRAS, O QUE É FISIOTERAPIA?
É processo de diagnóstico e de tratamento cinesiológico-funcional.
A Fisioterapia está em uma constante evolução e o profissional comprometido com a sua profissão deve possuir uma nomenclatura condizente com os avanços da Fisioterapia. Cabe aos fisioterapeutas brasileiros estarem atualizados em relação ao uso da nomenclatura fisioterapêutica, para que possamos dar continuidade ao processo de evolução para que conquistemos ampla autonomia e valorização profissional. Seguem abaixo alguns termos atuais que valorizam tanto a Fisioterapia como também o fisioterapeuta.
CONSULTA FISIOTERAPÊUTICA
Quando o paciente chega a nós, ele deve passar por uma consulta fisioterapêutica, que é composta de uma avaliação físico-funcional. Na consulta, o fisioterapeuta deverá diagnosticar os distúrbios cinesiológicos funcionais, prescrever o tratamento fisioterapêutico e elaborar o prognóstico do paciente. Lembrando que a consulta deve ser cobrada, pois caracteriza a necessidade de ter um procedimento realizado pelo fisioterapeuta antes do atendimento propriamente dito. Observem que o diagnóstico clínico (dado pelo médico) não reflete a forma de abordagem fisioterapêutica que deverá ser dada por nós, daí nasce a necessidade do diagnóstico cinesiológico funcional.
DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL
O diagnóstico cinesiológico funcional possui como funções identificar, quantificar e qualificar as disfunções relacionadas à função e ao movimento de órgãos e sistemas. O diagnóstico se dá início pela queixa principal do paciente e pela execução de exames clínicos funcionais realizados pelo fisioterapeuta. O fisioterapeuta possui amparo da lei para solicitar exames complementares que possam auxiliar no diagnóstico cinesiológico funcional. Observem que dois pacientes podem ter o mesmo diagnóstico clínico mas com diagnósticos cinesiológicos funcionais diferentes, que deverão ser tratados de forma diferenciada.
PRESCRIÇÃO E ALTA FISIOTERAPÊUTICA
A prescrição é traçada durante a consulta fisioterapêutica de acordo com os distúrbios encontrados, por isso a necessidade prévia de uma consulta fisioterapêutica. O fisioterapeuta deve ter consciência de que a prescrição e o tratamento por ele executado, será de responsabilidade exclusiva dele. A alta fisioterapêutica deverá ser dada pelo fisioterapeuta de acordo com critérios pré-estabelecidos que referem que o paciente alcançou a máxima funcionalidade.
Atendimentos Fisioterapêuticos
Paciente não “faz Fisioterapia” como também não “faz Medicina”, mas sim recebe o atendimento fisioterapêutico. Devemos excluir de nossa nomenclatura o termo “sessão” e incluirmos o termo “atendimento fisioterapêutico”. Pois o uso do termo “sessão” pode caracterizar o fisioterapeuta como um técnico e o termo “atendimento” caracteriza o ato presencial do profissional. Então o fisioterapeuta presta atendimento fisioterapêutico que pode conter abordagens com equipamentos de laser, ultra-som, bem como cinesioterapia ...
RECUPERAÇÃO FUNCIONAL & SAÚDE FUNCIONAL
Somos profissionais da Saúde e não profissionais da reabilitação, pois não se reabilitam joelhos, colunas, pulmões, mas sim indivíduos. Dessa forma, não é correto o uso de títulos de cursos: reabilitação do joelho, reabilitação da mão, reabilitação do pulmão, etc.
Devemos inserir o termo recuperação funcional e saúde funcional, dessa forma, estaremos nos assumindo como um profissional da saúde e não um profissional da “doença”.
FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
A Fisioterapia deve ser baseada em evidências, não basta mais apenas o paciente ter uma melhora. Deve se saber porque melhorou, qual o recurso mais efetivo, em quanto tempo pode alcançar a máxima funcionalidade e tudo isso baseado em pesquisas científicas. Devemos procurar embasar nosso atendimento fisioterapêutico em pesquisas científicas para que nosso trabalho seja ainda mais efetivo e resolutivo.
Dra Alini Ploszaj
É processo de diagnóstico e de tratamento cinesiológico-funcional.
A Fisioterapia está em uma constante evolução e o profissional comprometido com a sua profissão deve possuir uma nomenclatura condizente com os avanços da Fisioterapia. Cabe aos fisioterapeutas brasileiros estarem atualizados em relação ao uso da nomenclatura fisioterapêutica, para que possamos dar continuidade ao processo de evolução para que conquistemos ampla autonomia e valorização profissional. Seguem abaixo alguns termos atuais que valorizam tanto a Fisioterapia como também o fisioterapeuta.
CONSULTA FISIOTERAPÊUTICA
Quando o paciente chega a nós, ele deve passar por uma consulta fisioterapêutica, que é composta de uma avaliação físico-funcional. Na consulta, o fisioterapeuta deverá diagnosticar os distúrbios cinesiológicos funcionais, prescrever o tratamento fisioterapêutico e elaborar o prognóstico do paciente. Lembrando que a consulta deve ser cobrada, pois caracteriza a necessidade de ter um procedimento realizado pelo fisioterapeuta antes do atendimento propriamente dito. Observem que o diagnóstico clínico (dado pelo médico) não reflete a forma de abordagem fisioterapêutica que deverá ser dada por nós, daí nasce a necessidade do diagnóstico cinesiológico funcional.
DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL
O diagnóstico cinesiológico funcional possui como funções identificar, quantificar e qualificar as disfunções relacionadas à função e ao movimento de órgãos e sistemas. O diagnóstico se dá início pela queixa principal do paciente e pela execução de exames clínicos funcionais realizados pelo fisioterapeuta. O fisioterapeuta possui amparo da lei para solicitar exames complementares que possam auxiliar no diagnóstico cinesiológico funcional. Observem que dois pacientes podem ter o mesmo diagnóstico clínico mas com diagnósticos cinesiológicos funcionais diferentes, que deverão ser tratados de forma diferenciada.
PRESCRIÇÃO E ALTA FISIOTERAPÊUTICA
A prescrição é traçada durante a consulta fisioterapêutica de acordo com os distúrbios encontrados, por isso a necessidade prévia de uma consulta fisioterapêutica. O fisioterapeuta deve ter consciência de que a prescrição e o tratamento por ele executado, será de responsabilidade exclusiva dele. A alta fisioterapêutica deverá ser dada pelo fisioterapeuta de acordo com critérios pré-estabelecidos que referem que o paciente alcançou a máxima funcionalidade.
Atendimentos Fisioterapêuticos
Paciente não “faz Fisioterapia” como também não “faz Medicina”, mas sim recebe o atendimento fisioterapêutico. Devemos excluir de nossa nomenclatura o termo “sessão” e incluirmos o termo “atendimento fisioterapêutico”. Pois o uso do termo “sessão” pode caracterizar o fisioterapeuta como um técnico e o termo “atendimento” caracteriza o ato presencial do profissional. Então o fisioterapeuta presta atendimento fisioterapêutico que pode conter abordagens com equipamentos de laser, ultra-som, bem como cinesioterapia ...
RECUPERAÇÃO FUNCIONAL & SAÚDE FUNCIONAL
Somos profissionais da Saúde e não profissionais da reabilitação, pois não se reabilitam joelhos, colunas, pulmões, mas sim indivíduos. Dessa forma, não é correto o uso de títulos de cursos: reabilitação do joelho, reabilitação da mão, reabilitação do pulmão, etc.
Devemos inserir o termo recuperação funcional e saúde funcional, dessa forma, estaremos nos assumindo como um profissional da saúde e não um profissional da “doença”.
FISIOTERAPIA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
A Fisioterapia deve ser baseada em evidências, não basta mais apenas o paciente ter uma melhora. Deve se saber porque melhorou, qual o recurso mais efetivo, em quanto tempo pode alcançar a máxima funcionalidade e tudo isso baseado em pesquisas científicas. Devemos procurar embasar nosso atendimento fisioterapêutico em pesquisas científicas para que nosso trabalho seja ainda mais efetivo e resolutivo.
Dra Alini Ploszaj
Fisioterapia e seu potencial curativo.
As hérnias de disco causam muito sofrimento e a Fisioterapia é indispensável na conduta curativa dos pacientes. Seja em combinada com um tratamento medicamentoso, intervencionista ou cirúrgico, a Fisioterapia SEMPRE tem papel fundamental.
O reforço da musculatura responsável pelo equilíbrio mecânico da coluna é um dos muitos objetivos e que tornam verdadeira essa afirmativa.
Inicialmente, devemos ter o cuidado de especificar cada abordagem para cada caso. A abordagem individualizada e personalizada SEMPRE terá vantagem sobre qualquer outra.
Existe uma grande quantidade de técnicas na Fisioterapia e o fisioterapeuta deve diagnosticar as demandas funcionais geradas pelo problema de base, sendo o diagnóstico cinesiológico-funcional obrigatório.
Sem uma orientação diagnóstica do fisioterapeuta e uma consulta rigorosa, as chances de sucesso chegam perto da NULIDADE.
Técnicas como o RPG são eficazes em determinados tipos de problemas, Pilates, da mesma forma. Fisioterapia Áquatica, idem, principalmente nas fase de atividade de rotina.
Só após uma consulta profissional pertinente é que você poderá saber o melhor caminho a seguir, para não desperdiçar uma das grandes aliadas no seu tratamento das hérnias de disco: a Fisioterapia!
O reforço da musculatura responsável pelo equilíbrio mecânico da coluna é um dos muitos objetivos e que tornam verdadeira essa afirmativa.
Inicialmente, devemos ter o cuidado de especificar cada abordagem para cada caso. A abordagem individualizada e personalizada SEMPRE terá vantagem sobre qualquer outra.
Existe uma grande quantidade de técnicas na Fisioterapia e o fisioterapeuta deve diagnosticar as demandas funcionais geradas pelo problema de base, sendo o diagnóstico cinesiológico-funcional obrigatório.
Sem uma orientação diagnóstica do fisioterapeuta e uma consulta rigorosa, as chances de sucesso chegam perto da NULIDADE.
Técnicas como o RPG são eficazes em determinados tipos de problemas, Pilates, da mesma forma. Fisioterapia Áquatica, idem, principalmente nas fase de atividade de rotina.
Só após uma consulta profissional pertinente é que você poderá saber o melhor caminho a seguir, para não desperdiçar uma das grandes aliadas no seu tratamento das hérnias de disco: a Fisioterapia!
Trabalho mostra ineficácia das técnicas de tração lombar em hérnias discais.
Apresentamos o trabalho "Effectiveness of lumbar traction with routine conservative treatment in acute herniated disc syndrome", randomizado, duplo-cego e placebo controlado.
O trabalho fez um estudo em 120 pacientes submetidos a "tração real" e a "falsa tração", mostrando resultados iguais e que os pacientes não são beneficiados.
"The data do not support the benefit of traction for patients with acute herniated disc syndrome" [ Os dados não dão suporte ao benefício da tração para pacientes com síndrome de hérnia discal aguda.]
O trabalho fez um estudo em 120 pacientes submetidos a "tração real" e a "falsa tração", mostrando resultados iguais e que os pacientes não são beneficiados.
"The data do not support the benefit of traction for patients with acute herniated disc syndrome" [ Os dados não dão suporte ao benefício da tração para pacientes com síndrome de hérnia discal aguda.]
Existem na literatura várias recomendações contrárias à continuidade da indicação destes procedimentos para dores da coluna, hérnias de disco e degenerações da coluna.
Hérnia de Disco tem reversão espontânea e cirurgias são dispensáveis.
Gelabert-González M, Serramito-García R, Aran-Echabe E, García-Allut A.
Source
Servicios de Neurocirugía, Hospital Clínico de Santiago Lugo, Departamento de Cirugía, Universidad de Santiago de Compostela.Abstract
Lumbar disc herniation is a common cause of lower leg radiculopathy and the most effective methods of treatment remain in question. Both surgical and nonsurgical treatments may provide a successful outcome in appropriately selected patients. The spontaneous resolution of herniated lumbar discs is a well-established phenomenon. The authors present a case of spontaneous regression of a herniated lumbar nucleus pulpous in a patient with radiculopathy.
História Natural Benígna desfavorece cirurgias nas hérnias discais.
Spontaneous resolution of "protruded" lumbar discs.
Source
Department of Neurosurgery, Kirikkale University Medical School, Kirikkale, Turkey. sk06-k@tr.netAbstract
Decreasing size of disc material that has herniated, whether "contained" or "protruded" has previously been described and sometimes this can be so complete that residual material is barely visible. In a retrospective clinical survey, from among almost 2180 consecutive patients admitted during 1994 - 2002 with low back pain; due to our low follow-up ratios and high price of the magnetic resonance imaging (MRI), only 42 patients with a lumbar disc protrusion could be found who had two MRI scans obtained at least five weeks apart. Among these, 4 patients were spotted with a totally resolved disc protrusion. T (2)-weighted MRI images were suggesting shrinkage due to dehydration and regression within the annulus of protruded disc fragments that had not fully migrated. Our patients are further examples for total resolution of the large "protruded" disc without any treatment; and since concomitant disc protrusions at other levels persisted, the resolution of these discs is supposed to be spontaneous.
Pacientes que adotaram tratamentos não invasivos, como Fisioterapia, tiveram redução da dor e relataram melhoria de qualidade de vida, segundo Hospital Albert Einstein .
Por CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO, 20/04/2013 - 03h30
Um programa do Hospital Albert Einstein está reavaliando indicações de cirurgias de coluna. Em dois anos, dos 1.679 pacientes que chegaram com pedido médico para a operação, só 683 (41%) foram confirmados como realmente necessários.
Os resultados foram apresentados anteontem em fórum internacional de qualidade e segurança do paciente, em Londres.
- Dona de casa recebeu indicação incorreta para operar a cervical
- Parecer do programa de avaliação de cirurgias gerou processo judicial
O programa atende pacientes particulares e de planos de saúde (Bradesco, Marítima e SulAmérica), que são encaminhados pelo próprio convênio para uma segunda opinião médica.
Além do diagnóstico, o acordo entre o hospital e os planos prevê reabilitação para os casos não cirúrgicos.
A iniciativa está causando polêmica entre os cirurgiões cujos diagnósticos foram questionados. O caso foi discutido na câmara técnica de implantes da AMB (Associação Médica Brasileira), que o encaminhou ao Conselho Federal de Medicina.
"Isso fere um preceito básico da ética médica que é um médico interferir ou mudar a conduta de outro. A indicação de cirurgia é prerrogativa do médico do paciente", afirma o neurocirurgião Marcelo Mudo, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
O excesso de cirurgias de coluna e as sequelas (perda da mobilidade, por exemplo) que ocorrem quando ela é mal indicada são largamente documentados em estudos. Os procedimentos custam até R$ 200 mil e mais da metade desse valor se refere a dispositivos (pinos, parafusos etc).
Nos EUA, o número e os custos dessas cirurgias dispararam na última década e elas estão agora na mira do governo federal. Há a suspeita de que os médicos estejam indicando mais porque ganham benefícios da indústria.
Segundo o médico Claudio Lottenberg, presidente do Einstein, o projeto é uma tentativa de evitar esses conflitos e padronizar procedimentos. "Queremos o melhor para o paciente e para o sistema de saúde como um todo, não para a fábrica de implantes."
Os planos de saúde que participam da iniciativa economizaram R$ 54 milhões com as cirurgias não realizadas. Lottenberg diz que o grupo segue estritamente protocolos clínicos e não há intenção de favorecer convênios.
O médico Mario Ferretti, gerente de ortopedia do Einstein, afirma que a maioria das indicações cirúrgicas desnecessárias era relativa a diagnósticos associados a outras doenças não detectadas.
"O paciente pode até ter uma hérnia de disco, mas pode ser que outras patologias, como fibromialgia ou esclerose múltipla, sejam a real causa da dor na coluna."
No hospital, a equipe de atendimento tem ortopedistas, fisiatras e fisioterapeutas. "Não colocamos cirurgiões de propósito, para não ter viés. Os clínicos estão capacitados a fazer o diagnóstico. Se há dúvida, acionamos os cirurgiões", diz Ferretti.
Segundo dados do projeto, pacientes que adotaram tratamentos não invasivos, como fisioterapia, tiveram redução da dor e relataram melhoria de qualidade de vida.
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The profit motive and spine surgery.
Weiner BK, Levi BH.
Source
Department of Spine Surgery and Orthopaedics, Penn State University, Penn State College of Medicine, Hershey, Pennsylvania 17033-0850, USA. bweiner@psu.edu
Abstract
STUDY DESIGN:
The profit motive and market medicine have had a significant impact on clinical practice and research in the field of spine surgery. An overview of current concerns is presented.
OBJECTIVE:
The objective of this study was to provide those involved in the study and treatment of spinal disorders with a critical overview of the effects of the profit motive on our practices.
SUMMARY OF BACKGROUND DATA:
Historically, the profit motive has been viewed as eroding the standards of spine surgery, encouraging surgeons to operate aggressively and researchers to bias their results. Although there are legitimate concerns regarding the role played by such market forces, the profit motive exerts several quite positive effects on spine surgery as well.
METHODS:
Negative and positive aspects of the profit motive in spine surgery are explored along with alternative approaches.
RESULTS:
The profit motive in spine surgery can result in unnecessary surgery, as well as the push to market of unproven technologies. Yet, without a robust profit motive, it is unclear where sufficient funding could be found to support research and education, and to underwrite the advancement of new technologies.
CONCLUSIONS:
The profit motive significantly influences the way we practice and conduct research in spine surgery. To minimize the negative aspects of the profit motive, spine surgeons and researchers must refrain from being used by companies to rush products to market and/or compromising patient care out of self-interest.